quarta-feira, 23 de setembro de 2009

De olho nas tribos urbanas

Pessoal, leiam o texto e postem um comentário com sua opinião a respeito do assunto. Quero a opinião de todos...
Bom trabalho!





Eu sou normal

Ser radical é coisa do passado.
Hoje, muda-se de tribo o tempo todo.
Adélia Chagas

Se você perguntasse a um jovem dos anos 80 a que tribo ele pertencia, as respostas seriam múltiplas. Ele poderia ser punk, metataleiro, dark, new wave, careca, rockabiilly. Um punk tratava um rockabiilly como um Montecchio a um Capuletto em Romeu e Julieta: com desdém, raiva e sopapos. Não é à toa que os psicólogos passaram anos teorizando sobre a turma como a “segunda família”. Era em relação a ela que havia códigos de honra. Era por ela que se combatia e brigava.
A instituição da “turma” como substituta da “família” mereceu os primeiros estudos nos anos 50. Naquela época, ficou popular o musical West side story, uma versão de Romeu e Julieta que, em vez de Montecchios e Capulettos, punha as tribos dos “Jets” e dos “Sharks”.
Esse quadro mudou na virada para o século 21.
Pergunte a um adolescente dos dias de hoje a que tribo ele pertence. Há 99% de chance de que ele responda: “Eu sou normal”. E o que significa ser normal? Não ser tribo? Nada disso. “Normal” é aquele que transita livremente por diferentes turmas. O que é surfista de dia e pagodeiro de noite, por exemplo. Ou a menina que é nerd no colégio, patricinha no shopping mas namora um metaleiro – e freqüenta festas de rock pesado com ele. Nos anos 80, uma patricinha (na época elas eram chamadas “burguesinhas”) sofreria gozações num reduto hardcore. Atualmente, a resistência é bem menor.
Vive-se hoje a era do camaleão. Há várias explicações para o fenômeno. A primeira é que o significado das tribos se dilui. No começo dos anos 80, ser punk era admirar um movimento de jovens ingleses desempregados com plataforma definida. Hoje, dessa tendência, restaram apenas os cabelos com corte moicano e as braçadeiras de couro. Em vez de ideologia, há acessórios. E diversão. A maior parte das tribos, nos dias de hoje, se agrupa em torno de atividades de lazer. Que pode ser esportivo (surfistas e skatistas), cultural (pagodeiros, roqueiros, alternativos que gostam de MPB) ou relativo à vida noturna (clubbers e darks).
Por isso não faz sentido brigar. Por que combater alguém que apenas se diverte de forma diferente? Melhorar é ficar amigo, para aproveitar diferentes tipos de programa. “Os adolescentes perceberam que não faz sentido se estapear por uma identidade transitória”. Defende o psicanalista e escritor italiano Contardo Calligaris. Entre os mais velhos que viveram, tempos mais radicais, há quem veja nessa mudança constante um lado negativo, um reflexo da superficialidade dos dias atuais. Na verdade, o exercício da tolerância é uma conquista da geração de hoje. (...)
CHAGAS, Adélia. Eu sou “normal”. In : Veja Jovens. Edição Especial da revista Veja, ano 34, n.38 set.2001. p.38 -9.

15 comentários:

Prof. Elizandra disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

É muito interessante a diversidade em nossa sociedade. Os adolescentes estâo sabendo reconhecer essas diferenças e lidar com as tribos....

Vagner disse...

Ótimo texto. Como disse nosso eterno Jessé "E tudo volta, mas nada volta no mesmo lugar", as tribos de tempos passados retornam e se misturam com a tribos atuais.

joao vitor disse...

goste de todo o texto pois é coerente com o asunto e fala a realidade das tribos urbanas e tudo isso é realmente a mais pura verdade heje em dia não podemos ser somente de uma tribo jovem pois estamos entre todas elas não temos como evitalas.
ass:joãovitor!!!

natalina disse...

hoje em dia é importante os adolescente e jovens saber as diferenças das tribos no brasil e no mundo porque as vezes as diferença esta nos nossos olhos mas não conseguimos enxergar.

Ana Paula disse...

é um texto que fala sobre as realidades das tribos de hoje em dia,porque as diferenças no mundo é muito avançada.

Joelma disse...

EXELENTE TEXTO. EU PENSAVA QUE AS TRIBOS BRIGAVAM TODA HORA,E EU ANTES DE LER O TEXTO ACHAVA MUITO CHATO SER DE ALGUMA TRIBOS AGORA ACHO LEGAL PERTENCER A ELAS.

TAINARA disse...

Eu achei o texto bem informativo em relações as tribos,explicando o significado da palavra normal, e também tirando as dúvidas sobre algumas tribos!!!

ass:Tainara

Edilson Nantes de Alcantara disse...

É UM BOM TEXTO. PORQUE FALA DE VÁRIAS TRIBOS DIFERENTES, E NO TEMPO DE HOJE É NORMAL PERTENCER A UMA TRIBO E QUERA OU NÃO VOCÊ PERTENCE A UMA TRIBO.E NÓS TODOS PERTENCEMOS A ELA.

Lorhana disse...

gostei do texto pois ele mostra a realidade dos jovens de hoje

karine da silva dias disse...

adorei o texto.
ele é um ótimo tema para ser debatido nas aulas.esse ritmo(tribos) tomou conta dos jovens hoje em dia.digo isso pois quase virei gotica.
sucesso professora tudo de bom pra você.
bijus...

Iza disse...

Eu gostei muito pois fala da nossa realidade......
tem jovem que tem medo de falar de sua tribos bem todos tem um pouco de cada tribo em si mesmo
ass:Iza

layane disse...

Antigamente tinha muito
preconceito,várias pessoas não aceitavam esse tipo de atitude,ou seja,não deixavam as pessoas ter direito a nada.
As pessoas não podiam ser PUNKS,METALEIROS,DARKS,e outros.
Naquela época as patricinhas eram chamadas de burguesinhas.Elas sofrem muito de preconceitos,gozações,por terem a resistesia bem menores.
Nos dias de hoje,ainda tem preconceits das tribos,mas eles seguem o que querem,cada um tem o direito a escolher o que desejam para si mesmo.
Acredito que as pessoas tem objetivo na vida,para vencer o que querem,o que desejam.

Autora:LAYANE PEREIRA DE JESUS.
Professora:ELIZANDRA GABBI.
SéRIE:9 ANO A.

Anônimo disse...

eu gostei muito ainda dessa do texto.Por isso não faz sentido brigar. Por que combater alguém que apenas se diverte de forma diferente? Melhorar é ficar amigo, para aproveitar diferentes tipos de programa.
ass: Igor

michele disse...

Esse texto fala sobre as tribos de antigamente,e que a atitude dos jovens de hoje não são iguais a dos tempos antigos